História

Os fundadores:  FERNANDO SEIFARTH, MARCOS MONACO e CIDÃO LIMA

I – O HOT CLUB DE PIRACICABA

Fernando Seifarth (guitarrista do grupo Piracicabano “Falando da Vida”), Marcos Monaco e Cidão Lima (respectivamente, clarinetista e baterista da Traditional Jazz Band), fundaram, em 2008, o Hot Club de Piracicaba. Embora tenham outras profissões, são músicos desde crianças e amantes do jazz e da música em geral.

Não se trata propriamente de um clube com associados, mas de um conjunto de jazz, sem integrantes fixos, com participação de amigos e convidados, para o tocar o “jazz manouche”, inspirado na música de Django Reinhardt, mas aproveitando elementos do jazz tradicional, do country americano, do blues e da música brasileira.

Gravação do primeiro CD

O grupo gravou o CD “Jazz a La Django”, inspirado na obra do guitarrista Django Reinhardt, produzido pela Traditional Jazz Band Empreendimentos Artisticos Ltda, sem fins lucrativos e com finalidade beneficente, com a participação dos próprios músicos da “Traditonal Jazz Band”, do guitarrista José Augusto Barrichello, dos músicos integrantes do conjunto piracicabano “Falando da Vida” Ely (trompete e fluguelhorn), Luis Fernando Dutra (violino), Maria Graziela Krug (flauta), Paulo Bandel (cello) e Roggero Chiarinelli (bateria), e também de Arcádio Minczuk, oboísta da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – OSESP .

Gravação do segundo CD

Em 2011, o Hot Club gravou seu segundo CD, com a formação em quinteto (Eli Silva – trompete; Frank Edson – tuba; Eloy Porto – trombone; Fernando Seifarth e Otiniel Aleixo – violões. 

Desde 2013, o Hot Club de Piracicaba é o anfitrião do Festival de Jazz Manouche da cidade (o único no Brasil), sempre recebendo os convidados no átrio do Teatro Municipal. Participou, com o seu quinteto, com o tema Caravan, da coletânea lançada pelo selo europeu HOT CLUB RECORDS, de Jon Larsen (Hot Club da Noruega), ao lado de artistas como Stochelo Rosenberg, Adrin Moignard, Olli Soikkeli, Walter Coronda

Gravação do terceiro CD

Entre 2015 e 2017, o Hot Club gravou o seu terceiro cd, “AMIGOS”, com vários amigos convidados, como Richard Smith (Nashville),  Howard Alden (New York), Robin Nolan (Amsterdam), Paul Mehling (San Francisco), Bina Coquet (São Paulo), dentre outros. O Lançamento é previsto para abril de 2018, quando o HCP comemorará seu aniversário de 10 anos.

II – PORQUE O NOME HOT CLUB?

Pedro Cardoso, que elaborou o texto do encarte do CD “jazz a la Django”, explicou: HOT CLUB DE FRANCE e os “HOT CLUB”: Idealizado por Hughes Panassie (crítico) e Charles Delaunay(discógrafo) o “Hot Club de France” foi fundado em 1932, após muitas idéias de constituição, discussões, reuniões, debates e encontros. Como Presidente de honra foi escolhido LOUIS ARMSTRONG. Em apresentação no dia 02/dezembro/1934 o quinteto de cordas formado por DJANGO REINHARDT (guitarra solo), STÉPHANE GRAPPELLI (violino), ROGER CHAPUT e JOSEPH REINHARDT (guitarras) e LOUIS VOLA (contrabaixo e líder), obteve extraordinário sucesso no “HOT CLUB DE FRANCE” e foi batizado como o “QUINTETO DO HOT CLUB DE FRANCE” (QHCF). Essa formação terminou em 1939 em função da IIª Guerra Mundial, ocasião em que DJANGO e GRAPPELLI excursionavam em Londres; GRAPPELLI ali permaneceu, enquanto DJANGO retornou a Paris. Em 1940 DJANGO remontou o “Quinteto”, com o então jovem clarinetista HUBERT ROSTAING substituindo GRAPPELLI; o “Quinteto” gravou o eterno clássico “Nuages” de DJANGO em outubro desse ano.

A herança do “HOT CLUB DE FRANCE” tornou-se universal e os “HOT CLUB” espalham-se pelo mundo, seja como “combos” (pequenos conjuntos), seja como “clubes” onde a clientela desfruta de Jazz. Eles são encontrados na Noruega, em Detroit, São Francisco, Sandwich, Cowtown, Las Vegas, Montevidéu, Berlim, Suécia, Hungria, Argentina (Boedo e Rosário) e em Portugal (fundado em 19/março/1948 e, portanto, já com 60 anos). As formações musicais variam de quantidade de músicos (quintetos, sextetos) mas seguem a linha da tradição “Manouche”, o “Gypsy Jazz” que tem DJANGO REINHARDT como criador, inspirador.

O “Jazz Manouche” (expressão francesa que indica o “Jazz Cigano”, cigano como a origem de DJANGO REINHARDT) ou “Gypsy Jazz” é originado exatamente a partir de música de DJANGO.

III - O Hot Club de Piracicaba 2017:

(foto Antonio Trivelin) – DA ESQUERDA PARA A DIREITA: FRANK EDSON (tuba), PA MORENO (vocal), FERNANDO SEIFARTH (violão/guitarra),  GILIADI RICHTER (washboard/bateria), ANDRÉ GRELLA (piano), ELIEZER SILVA  (trompete), RICARDO DINIZ (trombone).